Você tem um risco financeiro por questões climáticas

𝗩𝗼𝗰ê 𝘁𝗲𝗺 𝘂𝗺 𝗿𝗶𝘀𝗰𝗼 𝗳𝗶𝗻𝗮𝗻𝗰𝗲𝗶𝗿𝗼 𝗽𝗼𝗿 𝗾𝘂𝗲𝘀𝘁õ𝗲𝘀 𝗰𝗹𝗶𝗺á𝘁𝗶𝗰𝗮𝘀 𝗲 𝗻𝗲𝗺 𝘀𝗲 𝗱𝗲𝘂 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗮 𝗱𝗶𝘀𝘀𝗼

Nossas vidas estão sendo impactadas por grandes catástrofes climáticas, elevação da temperatura e seca rigorosa. E, acredite, elas vão ficar mais frequentes.

Ainda assim, as pessoas têm dificuldade de entender por que é necessário (e urgente) adotar medidas efetivas para a redução de emissão de gases de efeito estufa, os grandes responsáveis pelo tal aquecimento global e por todas essas mudanças climáticas.

Mas e se a gente olhar o risco climático como um risco financeiro?

No final de 2023, foi publicado um estudo da ONU para Alimentação e Agricultura que indicou que o setor do do agronegócio perdeu 3,8 trilhões de dólares  em razão das catástrofes climáticas ocorridas entre 1991 e 2021.

Em 2019, o Fórum Econômico Mundial publicou o relatório How to Set Up Effective Climate Governance on Corporate Boards, que apresentou uma estimativa de que, entre 2019 e 2100, as perdas financeiras decorrentes das mudanças climáticas poderão variar de 4,2 trilhões a 43 trilhões de dólares, em comparação com um estoque global total de ativos gerenciáveis de 143 trilhões de dólares.

Não é à toa que, no Brasil, o setor financeiro, na figura do Banco Central, compreendendo a dimensão desse risco (capaz de afetar todo o sistema financeiro), edita constantemente normas que exigem que as instituições financeiras gerenciem e monitorem o risco climático como uma variável do risco financeiro e de crédito.

Exemplo: se um produtor rural deixa de pagar um financiamento porque uma catástrofe climática acabou com sua lavoura, o banco que concedeu o crédito tem que registrar contabilmente essa perda – identificando que ela decorreu de um risco climático – e monitorá-la. Agora, se não apenas 1, mas 1000 clientes que tomaram financiamento deixam de pagar as prestações porque uma catástrofe climática prejudicou com o negócio deles, o financiador sente esse impacto em seu fluxo de caixa.

A Itaú Asset, no final de 2021, criou uma ferramenta para calcular o impacto da mudança climática sobre o valor de mercado e o Ebitda das empresas. Numa simulação com a carteira do Ibovespa, a Itaú concluiu que o Ebitda consolidado de mais de 60 empresas avaliadas tendiam a zero até 2050 (Ebitda é o lucro obtido antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização). Se não fizerem nada para se adaptar à emergência climática, o conjunto dessas empresas deixariam de gerar resultados em 30 anos!

Inúmeros exemplos demonstram que mudanças climáticas geram risco financeiro. E esse olhar sob o viés do risco é fundamental para as empresas se manterem vivas a longo prazo. Como a escassez de água impacta o seu negócio? Como a falta de energia elétrica afeta sua produção? Perguntas que os empresários têm que se fazer para entender o risco do seu negócio. A revisão do modelo de negócios é urgente.

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DELAYA

Retorno positivo com a responsabilidade socioambiental na estratégia de negócio.

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